Por um cardápio mais claro

Ir a um restaurante aqui no Brasil, tendo restrições alimentares, pode ser um pesadelo. Coloca-se leite e farinha em molhos e nos pratos sem que as pessoas sejam claramente avisadas. Nem quem pede salada consegue escapar, já que às vezes se colocam croutons e molhos com queijo lá no meio.

Por que não temos cardápios mais claros e garçons preparados para lidar com esse tipo de problema?

Não acho que seja muito complicado colocar um aviso ao lado de cada prato. Mostrando os que podem trazer rastros de lactose e os que têm farinha, mesmo se parecer.

Isso também pode ser a deixa para que os chefs sejam mais criativos e tentem experimentar e criar novos pratos para quem tem restrições. Nós também merecemos variedade e sabor, não?

Outro problema que tenho visto recentemente é a ausência de uma área nos supermercados para produtos sem glúten, e uma falta de organização nos lugares que trazem produtos assim. Dizem que lá fora os mercados montam prateleiras com produtos do tipo.

Enfim, fica aqui o pedido de alguém que comeu glúten por acidente hoje (juro!). Um chocolate que tinha farinha estava misturado nos outros e acabei me confundindo, pra perceber depois de umas mordidas. Um pouco de organização pode ajudar quem tem a vida mais complicada na hora de comer.


Produtos: Suco orgânico de uva

A partir de hoje vou começar a publicar aqui informações sobre alguns dos produtos que vou descobrindo. Hoje é dia do suco de uva orgânico:

Esse suco de uva é bom por causa dos antioxidantes, mas é bem caro –vocês podem ver ai na foto: R$ 4,90 por 300 mL (na Mundo Verde). De qualquer jeito, é uma alternativa legal pra quem quer reduzir refrigerante.

Outra desvantagem: as calorias. São 154Kcal por 200 mL, o que é muito em comparação com uma Coca Cola Zero, por exemplo. Mas é claro que o valor nutricional das duas bebidas não se comparam.

Encontrei o site da fabricante e eles oferecem outras opções de sabor, mas eu nunca encontrei outro que não fosse o de uva nas lojas que vou aqui em São Paulo. Para mais informações é só ir lá.


Receitas de cookies

Um dos sofrimentos de ter que evitar glúten é não poder comer bolachas\biscoitos (depende da parte do país em que você mora! haha). Encontrei duas receitas on-line e devo experimentar no fim de semana.

Vejam as duas receitas (uma está em inglês):


Assistência grátis

Do site da Acelbra:

“A Unifesp (Hospital São Paulo) ofereçe gratuitamente uma avaliação nutricional para os celíacos que se lá se tratam. Não esqueça de marcar antecipadamente os horários.

Informamos aos familiares de primeiro grau (pai, mãe, irmãos e filhos) de Celíacos, cujo diagnóstico foi confirmado com a BIOPSIA DO INTESTINO DELGADO, que agora podem contar com serviço de Sorologia para Doença Celíaca e Avaliação Nutricional gratuitas.

Telefonar para (0xx11) 5579-5834, com Rosana, para agendamento de exames.

Local: Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina – Rua Pedro de Toledo, 441 – Vila Clementino – São Paulo – SP”


Cocada

Mais uma receita para guardar: cocadas sem glúten. Parece bem simples. Deem uma olhana no site Wikinotícia.

Foto tirada do próprio Wikinotícia.


Top 10 comidas para evitar

O site Askmen.com fez uma lista com dos dez principais tipo de comida para se evitar  quando é preciso ter uma dieta isenta de glúten. Achei a lista bem legal, com alguns toques interessantes. Então vou traduzir alguns:

Sopas cremosas: A base para uma boa sopa cremosa é uma mistura chamada Roux, que mistura farinha de trigo e manteiga. A dica do site é apelar para caldos e sopas que não tragam nenhum tipo de massa.

Molho de soja: Essa me surpreendeu. Segundo o site, alguns tipos de molho de soja podem trazer trigo. O recomendado é o tipo tamari. Não entendo muito bem disso, mas confiram na matéria original. E é sempre bom olhar no rótulo.

Alguns tipos de sorvete: Boa parte dos sorvetes disponíveis não trazem glúten, segundo o site. Mas aqueles sabores mais elaborados, que misturam biscoitos no meio ou coisas de tipo, podem representar uma armadilha. Se você não pode com leite (como eu!), a coisa fica mais complicada.

Molhos para salada: Seja a base de óleo ou mais cremoso, é bem provável que o glúten esteja envolvido no processo de fabricação dos molhos, diz o Askmen.com.

A matéria também não recomenda a ingestão de algumas vitaminas, alguns doces e ketchup.  Vocês podem conferir o resto por aqui.

Fotos apenas ilustrativas, tiradas do site sxc.hu.


Pão sem glútem (dica de receita)

A Gláucia, do blog Viva Sem Glútem, postou uma receita de pão sem glútem feito de restos de arroz cozido e farinha sem glútem.

Precisa ter máquina, mas ela diz ser uma delícia, então vale a dica. Confira a receita aqui.


Não dá pra ser celíaca na #Campus Party

Comi um cheesesalada com fritas hoje. Ruim não foi, viu? Mas foi por falta de opção. Pelo que eu vi, não dá para ser celíaca na Campus Party. Os motivos? Às 14h30, o local onde era possível comer “comida tradicional” (arroz, feijão e afins) fechou. Depois disso, ou se espera o jantar, ou é preciso comer coisas que não são o ideal para o meu corpo.

Fiquei brava? Sim. Poderia ter ido mais cedo ao refeitório? Sim, mas a principal “atração” do dia terminou de falar às 14h28. Só senti que poderiam haver mais opções, tanto por parte da Campus Party, quanto por parte de quem vende comida por aqui.

No geral, um celíaco já tem pouquíssimas opções de onde comer e é preciso levar coisas de casa, mas quando você vai passar o dia inteiro é difícil. Difícil carregar três refeições e uma mala com roupas e laptop. Talvez a Campus Party em si não seja o grande alvo da reclamação e sim a cultura de quem não conhece a doença, mas faltaram opções. E sobraram filas.


A Volta

Minha relação com o blog parece um pouco a com a doença. Estive na fase da negação. Bem assim: ó, bem injusto eu não poder comer tudo, então declaro que sou normal, ok?

Mas não rola, né? Vi na TV gente morrendo de alergia, sentindo a coisa estranha que eu sinto na garganta (quando eu como o que não devo) e depois tendo convulsão. Não sei se eu teria exatamente isso, mas bateu o medo.

Então vamos lá. Ser doente, mas espalhar o que é essa doença por ai. Porque tem muita gente que tem e não foi diagnosticada. E isso pode significar mortes pelo pior motivo: a ignorância pura (não aquela surgida da negação).

Primeiro passo, vou buscar um diagnóstico mais exato e explicar por aqui com o que a doença pode ser confundida. Meu diagnóstico inicial foi feito  por uma nutricionista: por um mês, ela tirou cinco tipos de alimento da minha rotina (entre eles, o glúten e a lactose). Resultado: minha vida melhorou e meus problemas respiratórios ficaram bem diminuídos.

Depois, um especialista em alimentação veio do Rio Grande do Sul para fazer outros exames comigo. Deu alergia de novo: a glúten, lactose e uva.

Mas, ainda assim, quero mais certeza. A maioria dos sites que consultei dizem que uma biópsia do intestino pode diagnosticar com certeza a doença, então é atrás disso que estou correndo atrás. Vou procurar um gastro e ver o que ele me diz para ter mais certeza. Coloco tudo por aqui.

Nova lojinha

Enquanto isso, descobri uma sorveteria que vende sorvetes de soja em São Paulo.  O sorvete de chocolate é muito bom, bem parecido com o que é feito com leite normal – mas não dá aquela sensação pesada de comer algo com leite.

Fica na rua Augusta, quase no cruzamento com a Caio Prado. O maior contra é não aceitar cartão de crédito ou débito, precisa levar dinheiro.


Leite de soja, aula de degustação e Olvebra

Fiquei anos sem postar, né? Mudei de emprego e comi perigosamente por uns dias (pizza, my boys, P-I-Z-Z-A!), mas ok. Estamos de volta, com novidades.

No domingo, experimentei leite condensado de soja (da nossa já querida marca [ironia] Olvebra). O preço não é tão ruim (R$ 3,00 ou um pouco mais), mas o gosto é extremamente péssimo. Ou algo que se possa ser mais do que isso. Tem gosto de remédio e foi uma grande decepção. Apesar disso, recomendo que comprem um para experimentar, só por descargo de consciência e tudo mais.

Entre tantos experimentos, minha nutricionista me convidou para uma aula experimental de degustação de alimentos sem vários elementos alergênicos. Vai ser sábado (dia 15 de agosto), mas custa R$ 80. Ainda não sei se vou, se tiverem o interesse de mandem um e-mail que eu tento uma vaguinha extra (amandademetrio@gmail.com).

Por fim, a nossa querida Olvebra entrou em contato comigo sobre o post de trufas com larvas (vocês podem ver o comentário da diretora de marketing no post). Entrei em contato no e-mail que ela pediu tem uns dias, mas nada de resposta. Olha, tá ai uma empresa que a imagem vai DEMORAR pra mudar comigo.

Vou tentar não desaparecer e ver se trago umas receitas boas que a nutricionista me passou.