Não dá pra ser celíaca na #Campus Party

Comi um cheesesalada com fritas hoje. Ruim não foi, viu? Mas foi por falta de opção. Pelo que eu vi, não dá para ser celíaca na Campus Party. Os motivos? Às 14h30, o local onde era possível comer “comida tradicional” (arroz, feijão e afins) fechou. Depois disso, ou se espera o jantar, ou é preciso comer coisas que não são o ideal para o meu corpo.

Fiquei brava? Sim. Poderia ter ido mais cedo ao refeitório? Sim, mas a principal “atração” do dia terminou de falar às 14h28. Só senti que poderiam haver mais opções, tanto por parte da Campus Party, quanto por parte de quem vende comida por aqui.

No geral, um celíaco já tem pouquíssimas opções de onde comer e é preciso levar coisas de casa, mas quando você vai passar o dia inteiro é difícil. Difícil carregar três refeições e uma mala com roupas e laptop. Talvez a Campus Party em si não seja o grande alvo da reclamação e sim a cultura de quem não conhece a doença, mas faltaram opções. E sobraram filas.


A Volta

Minha relação com o blog parece um pouco a com a doença. Estive na fase da negação. Bem assim: ó, bem injusto eu não poder comer tudo, então declaro que sou normal, ok?

Mas não rola, né? Vi na TV gente morrendo de alergia, sentindo a coisa estranha que eu sinto na garganta (quando eu como o que não devo) e depois tendo convulsão. Não sei se eu teria exatamente isso, mas bateu o medo.

Então vamos lá. Ser doente, mas espalhar o que é essa doença por ai. Porque tem muita gente que tem e não foi diagnosticada. E isso pode significar mortes pelo pior motivo: a ignorância pura (não aquela surgida da negação).

Primeiro passo, vou buscar um diagnóstico mais exato e explicar por aqui com o que a doença pode ser confundida. Meu diagnóstico inicial foi feito  por uma nutricionista: por um mês, ela tirou cinco tipos de alimento da minha rotina (entre eles, o glúten e a lactose). Resultado: minha vida melhorou e meus problemas respiratórios ficaram bem diminuídos.

Depois, um especialista em alimentação veio do Rio Grande do Sul para fazer outros exames comigo. Deu alergia de novo: a glúten, lactose e uva.

Mas, ainda assim, quero mais certeza. A maioria dos sites que consultei dizem que uma biópsia do intestino pode diagnosticar com certeza a doença, então é atrás disso que estou correndo atrás. Vou procurar um gastro e ver o que ele me diz para ter mais certeza. Coloco tudo por aqui.

Nova lojinha

Enquanto isso, descobri uma sorveteria que vende sorvetes de soja em São Paulo.  O sorvete de chocolate é muito bom, bem parecido com o que é feito com leite normal – mas não dá aquela sensação pesada de comer algo com leite.

Fica na rua Augusta, quase no cruzamento com a Caio Prado. O maior contra é não aceitar cartão de crédito ou débito, precisa levar dinheiro.